sábado, 24 de novembro de 2007

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Laços de ouro

Sexta-feira, 6 de março de 1838. O relógio do Big Ben marca 3 horas da tarde. Uma tempestade se aproximava rapidamente das ruas de Londres, o vento levava folhas soltas pelo chão. Ali perto, sem se importar com o tempo, um casal de irmãos passou correndo com algumas frutas nas mãos. Logo depois, pessoas começaram a gritar:- Pega ladrão!! Um guarda, que parecia Ter esperado a vida toda por isso, saiu correndo e pegou a irmã. O rapaz, vendo que sua irmã havia sido pega, gritou, derrubando algumas frutas:- Madeleine!!- Corra Edward, eu me viro!!Edward, quando se deu conta que estava parado, fez menção de continuar, mas já era tarde, guardas chegaram e o prenderam. Os irmãos, presos e separados, foram mandados em barcos diferentes para a Austrália (uma colônia penal da Inglaterra, para onde o excesso de criminosos e prostitutas era mandado). Na viagem, Madeleine conhece uma moça que parecia sofrida e com muita história para contar. Logo elas fazem amizade:- Então, porque você está indo para a Austrália? - quis saber Madeleine.- Bem, é uma longa história...- responde Sophie.- Eu acho que eu tenho bastante tempo para te ouvir, ande me conte! Não se acanhe, meu passado também não é dos mais felizes.- Está certo, mas depois você irá me contar sobre seu passado assim como eu. Tudo começou quando eu era criança, eu fui raptada por ciganos e levada para um bordel. Lá, sem ter dinheiro para voltar, fiquei até meus clientes não me quererem mais. Quando os homens deixaram de se interessar por mim fui expulsa do bordel. Sem saber o que fazer para arranjar dinheiro, comecei a me prostituir na rua, o que é proibido, como fui pega fazendo isso me levaram até este navio que tem destino à Austrália. Pronto terminei de contar minha história agora é sua vez!!- Minha mãe morreu quando eu ainda era pequena, sem ter outra opção, eu e meu irmão começamos a roubar para comer já que nosso pai, não aquentando o falecimento de mamãe, morreu uma semana depois. Dias atrás, fomos pegos em flagrante em um dos nossos roubos costumeiros.- Bem, agora que contamos nossos segredos seremos cúmplices e eternas amigas.Meses depois, elas desembarcaram na Austrália e logo foram aprisionadas. Na prisão, tinham que trabalhar para terem o que comer. Plantavam, cozinhavam e limpavam de acordo com que os carcereiros mandassem. Não gostando de suas vidas monótonas e sem qualquer esperança de melhoras, elaboraram um plano de fuga com uma ladra que conheceram. As duas precisavam de Rosalyne, a ladra, porque ela conhecia bem a região. Naquela noite, escaparam. Após um dia de caminhada, Madaleine pôs-se a chorar repentinamente:- Preciso encontrar meu irmão, Rosa! Mas não consigo pensar em um jeito de fazer isso sem ser reconhecida como fugitiva.- Sei como te ajudar. Eu tenho um amigo, que é ator, e em troca de algo pode lhe dar um disfarce.Assim, foram ao encontro do tal homem. Sophie se propôs a dar em troca do disfarce de homem as suas mais cativantes carícias. Já vestida, Madeleine se apresentou na igreja Anglicana da religião como sendo o Pastor Brown. Imediatamente, o único pastor de Igreja o acolheu.- Já pode me ajudar com um pecador arrependido. Ele está sentado ali, esperando conselhos – e indicou um homem sentado no último banco.- Diga, meu filho, o que lhe “aflege”?? – perguntou Madeleine, engrossando a voz.- Meu senhor, eu bebo muito.- Meu filho... que mal há nisso? A bebida foi feita para animar os homens e desinibir as mulheres!- Então não é pecado eu beber até cair??- Beba quando estiver feliz, e não para esquecer os problemas. E lembre-se: Deus ajuda quem cedo madruga!- Obrigado Pastor Brown! O senhor é diferente dos outros pastores. Sinto que é um homem como eu!- É... você nem imagina...Apartir daí, o Pastor Brown se tornou uma sensação. Afinal, sua sinceridade era muito mais eficaz que o moralismo que os paroquianos estavam acostumados a ouvir.Ele e sua esposa, Sophie Brown, faziam muitas pregações em presídios e, ao mesmo tempo, juntavam cada tostão que ganhavam na Igreja. Madeleine agora terá outro nome, Pastor Brown, e Sophie será sua mulher, pois mulheres que se casam não têm que cumprir pena, assim ela não precisa se disfarçarPassaram–se dois anos até que finalmente Madaleine achou Edward, seu irmão e o reencontro foi um tanto quanto perturbado: Sophie estava passando pelo corredor do presídio, deixando atrás de si um monte de homens perplexos com tanta beleza, quando, de repente, ela tropeçou em um pedregulho e acabou nos braços de um homem forte, com músculos salientes e uma pose de machão que a deixou totalmente perturbada. Suas pernas pareciam perceber o quanto aquele homem era bonito. Ele dava a entender que já a conhecia de algum lugar. Parecia pelo seu olhar que também sentiu algo muito forte por Sophie, quando esta tentou se levantar eles se olharam nos olhos, iam se aproximando um do outro quando o “pastor” chegou gritando:- Sophie, onde você está?- quando finalmente a avistou disse- então você está aí...Mas parece que você conheceu meu irmão! - disse em um sussurro.- Madeleine? É você? Por que está vestida desse jeito?- falou Edward perplexo.- Calma, eu fugi do meu presídio e fui em busca de uma nova vida, como não me esqueci de você resolvi procurá-lo com a ajuda de Sophie, minha amiga de anos. - Eu quero fugir também, me ajude Madeleine!!!- No momento você não pode fugir sem ter um plano. Eu e a Sra. Brown iremos arranjar um jeito de você fugir...Madeleine deu seu endereço ao irmão e o ajudou arquitetar um plano para sua fuga. Na noite seguinte, Madeleine e Sophie estavam conversando quando a campainha tocou. Madaleine foi ver quem era:- Quem é?- Sou eu maninha...- Edward!!! que bom que deu tudo certo!!- É...por pouco não me pegaram...Edward entrou e reencontrou sua antiga paixão. Ele olhava para Sophie como se fosse um cachorro vendo um osso pela primeira vez:- Você...- Eu o quê? - perguntou Sophie, querendo disfarçar o interesse.- Não lembra de mim?- Como vou me lembrar de alguém com essa cara de besta?- É claro que não lembraria...teve tantos que nem lembra mais...- Você está me ofendendo!- Desculpe, não tive a intenção.E assim foi a conversa deles... à medida em que eles conversavam, Sophie esquecia que queria fingir que não lembrava dele. Logo, eles se aproximavam cada vez mais, até que finalmente se entregaram em uma intensa noite de paixão. Enquanto isso, Madaleine estava em seu quarto dormindo.No dia seguinte, Madaleine acordou gritando feito uma louca dizendo que teve uma excelente idéia:- Vamos sair daqui e morar em Bathrust?- Onde fica isso Mad? - perguntou Edward.- ai meu Deus!! Eu não acredito que você não sabe!- Ai Ed, é uma cidade aqui pertinho de Sidney - respondeu Sophie.- Ah...mas não temos muito dinheiro pra fazer essa mudança.- Temos sim, eu tinha o meu salário de pastor. A tua irmãzinha aqui economizou bastante viu! - Está bem irmãzinha...você foi mais esperta que eu.- Queridinho...eu sempre fui mais esperta que você. Bem, o plano é o seguinte: na semana que vem já estaremos com tudo pronto e nos mudaremos para Bathrust. Teremos que trabalhar muito e em qualquer coisa. Vamos plantar, lavar roupas...tudo. Assim vamos guardando algum dinheiro até eu conseguir ser alguém na vida ou vocês conseguirem algo de bom. Tudo bem pra vocês?- Como tu vai ser alguém se nem sabe ler e escrever? - perguntou Ed.- Isso não importa agora. Posso conseguir alguém que me ajude...Passando uma semana, lá estavam eles em uma simples casa antiga, onde os antigos proprietários tinham sido mortos por causa de ataques aborígenes que haviam até a década de 20. Edward, assim que soube, quase teve um surto:- Vamos morar em uma casa mal assombrada?- Ai Ed, deixa de ser " fresquinha"! Fantasmas não existem irmãozinho...- Hshauhsuahsuhauusausuhau... "fresquinha". Ai Mad, só tu mesmo...- Mas é verdade. Onde já se viu um homem de 19 anos com medo de mortos...Com o passar do tempo, os três conseguiram muitos serviços. Sempre ganhavam um bom dinheiro, assim, economizavam.Seis anos se passaram.No ano de 1846 chegaram os novos vizinhos. Richard McDowell, de 40 anos, com sua filha Veronica, de 16 anos. Veronica perdeu sua mãe assim que nasceu, assim, foi criada por seu pai a vida toda. Richard é um galanteador e ensinou sua filha a ser forte, lutadora...enfim, a ser uma boa pessoa. Antes, viviam na Irlanda, mas uma onda da Grande Fome e de Tifu fez com que eles emigrassem para a Austrália. Depois de uma semana em sua nova casa em Bathrust, Veronica cavava no meio da noite em seu jardim com a intenção de guardar uma pequena caixinha que tinha lembranças de sua mãe. No mesmo instante sentiu algo muito duro com a pá. Ficou curiosa, tentando desenterrar o tal objeto:- Não acredito! - sussurrou a si mesma - ouro!Imediatamente foi acordar seu pai :- Pai, pai!!! Acorde papai! Encontrei ouro!!- Ah?? Como assim? Ouro? Você só pode estar brincando.- Não papai! É ouro mesmo!- Minha filha, não brinque assim. Me deixe dormir.Veronica, impaciente, tirou o lençol de seu pai e aumentou sua voz:- Pai, eu não brincaria com isso. Agora, vamos lá no jardim comigo e o senhor verá que estou falando a verdade.- Está bem então.Chegando lá, Richard ficou tão surpreso, que não teve palavras. Veronica estava faceira:- Viu papai... é ouro! O que vamos fazer com ele?- Vamos voltar pra casa e amanhã pensaremos no que fazer...- Mas papai...- Faça o que eu estou mandando minha filha.- Tudo bem.No dia seguinte, depois de tanto pensar, Richard chegou a uma decisão: pedir ajuda aos vizinhos. Veronica foi contra, mas não adiantava ficar contra o pai. Bateram na casa dos vizinhos, onde foram bem recebidos. Porém, logo que falaram do ouro...veio a discussão:- O ouro tem que ser dividido entre nós todos! Afinal, é o mesmo terreno! - reclamou Madaleine.- Não! estava em meu terreno e foi minha filha quem achou!!Depois de uma longa discussão, chegaram a um acordo: vender o ouro bruto.- Mas o que diremos quando perguntarem de onde vem esse ouro? - perguntou Sophie.- Hum...vamos pensar - disse Madaleine.- Já sei!!!! - exclamou Richard - vamos dizer que os antigos proprietários deixaram esse ouro escondido no porão e, quando fizemos a faxina na casa encontramos. A casa estava desocupada desde que foi abandonada durante um ataque de selvagens, ou algo do gênero.- Humm...a idéia é boa...o que vocês acham? - perguntou Madaleine.- É uma boa idéia papai!Venderam o ouro no nome de Richard, e um terço da fortuna ficou para os Strench. Tanto a vida dos Strentch e de Sophie quanto a dos McDowell mudou radicalmente após terem encontrado ouro. As mesas ficaram mais fartas, as roupas perderam o tom de terra e todos pareciam mais leves, mais felizes. Richard decidiu construir uma casa bem maior, mais de acordo com sua nova posição social. – Minha esposa sempre quis uma bela casa onde pudéssemos criar Veronica. Veja bem, ela gostava de detalhes, de conforto. Era uma ótima esposa. Agora que tenho dinheiro, vou dar um jeito de mostrar a minha filha como ela deveria ser. Não é certo uma moça viver caminhando por aí, voltando para casa com o vestido todo sujo de lama. Ela já está na idade de se preocupar com todas essas bobagens de mulher. – Ela foi criada por você, Richard. Não é à toa que não se sente bem quando cobram dela uma atitude de dama.– Sei disso, Madaleine, mas veja você, por exemplo: não é dada a frescuras, mas é bonita: cabelo arrumado, rosto lavado, vestido limpo...Madaleine ficou um pouco perturbada com o comentário. Bonita?– Vou falar com ela. Coisas assim são fáceis de se ajeitar.– Obrigado. Você é muito gentil – e beijou-lhe a mão.– Boa sorte! Quero ver você dar um jeito naquele monstrinho – disse Sophie, com desdém.Richard, preocupado, foi para casa pensando numa solução. Mas, ao mesmo tempo, pensava em Madaleine.Enqunto a casa estava sendo construída, os McDowell foram morar com Madaleine, Edward e Sophie. Certo dia, Verônica estava lendo um livro, quando foi interrompida por Madaleine- Sabe ler.A menina então notou o interesse da outra e se ofereceu a ensiná-la a ler e a escrever enquanto fosse hóspede da mulher. À medida que Veronica ensinava Madaleine a ler, esta se mostrava cada vez mais interessada no assunto. Achava fascinante esse código que sempre lhe parecera inacessível. Um dia, surpreendeu a menina ao dizer:–Veronica, me dê a sua opinião sobre essa história que eu escrevi.Era um conto com muitos erros de grafia. Mas isso não importava porque Veronica só prestava atenção na história. Era sobre uma moça que virava um passarinho ao anoitecer e voava para longe, bem longe. – Eu adorei – disse Veronica – Você está escrevendo bem para quem aprendeu a escrever a poucos meses.– Mesmo? Ah, Vicky, eu te devo muito... Você me mostrou uma coisa e eu me apaixonei por ela. Poder guardar as minhas memórias, meus pensamentos... Obrigada. De verdade. Eu gostaria tanto de escrever, e fazer disso a minha vida.– Que tal ser escritora? Se escrever é a sua paixão...Madaleine ficou muito contente com a idéia. Se abraçaram. Foi o início de uma cumplicidade até então desconhecida para as duas.Meses depois, a casa já estava pronta. Era realmente muito bonita, branca, com uma varanda e terra pronta para fazer um jardim. Sophie estava visivelmente com inveja, pensando por que ela não moraria numa casa assim. Afinal, uma mulher com tanto estilo quanto ela deveria morar num lugar à altura. Ela reclamou tanto para Edward que ele convenceu Madeleine a usar um pouco do dinheiro que tinham para reformar a velha casa de madeira.Já Veronica e o pai estavam tão contentes que nem acreditavam que aquela casa era deles. E a nova realidade foi, aos poucos, mudando os dois. A moça se acostumou aos novos vestidos, mais justos, e ficava com dó de sujá-los nas suas caminhadas pelo campo. Richard suavizou seu temperamento ao fazer amizade com homens importantes da região e de Sydney.Numa dessas reuniões, Richard conheceu um cavalheiro que lhe agradou muito. Seu nome era Jack Hudson. Educado sem ser esnobe, estava com exatos trinta anos. Seu bigode meticulosamente aparado juntamente com seus traços fortes davam-lhe um ar de homem correto, estável. Conversaram bastante naquela noite e Richard descobriu que seu novo amigo era solteiro. Impulsivamente, convidou-o para jantar em sua casa na semana seguinte. Já tinha a solução para o problema de Veronica.Dias depois, Edward estava escovando seu cavalo, Arrow, quando viu algo que capturou seu olhar. Quem era aquela mulher que ia em direção à sua casa? Seu cabelo estava solto, balançando suavemente enquanto caminhava. Seu vestido, simples e azul-celeste, enfatizava a bela silhueta da moça. Ficou nesse estado até que ouviu a exclamação da irmã, que estava na porta da casa: – Veronica! Que lindo seu vestido!– Veronica? Como pode ser? Como aquela menina desajustada mudou desse jeito? – murmurou para si mesmo.– O que você está dizendo, Ed? – perguntou Sophie, que apareceu sem o rapaz perceber.– Só falei algo para acalmar o cavalo – mentiu, enquanto Sophie beijava seu rosto.O perfume dela o enjoava.– Quem foi jantar na sua casa ontem Vicky? Vi uma carruagem chegando ao anoitecer.– Ah, foi um amigo de papai. Jack Hudson.– Hmm. Boa pessoa?– É... me parece um pouco convencido. Passou a noite falando sobre sua casa, suas terras... – E seu pai, como estava?– Bastante animado. Depois que eu fui dormir eles continuaram conversando por um bom tempo. Parecem bem amigos. Mas pelo menos eu tive a chance de usar aquele vestido bonito que papai me deu. Na verdade, ele insistiu que eu o usasse.Madaleine sentiu algo estranho no ar. Richard levando amigos para jantar... O melhor vestido de Veronica...Foi falar com Richard para descobrir o que estava acontecendo.– Pensei numa solução perfeita, Madaleine! Casamento! Jack ficou muito feliz com a idéia, gostou muito da minha filha – disse Richard, satisfeito.– Mas você nem tocou nesse assunto antes com ela.– Já está na hora... Veronica já tem 18 anos. E eles vão se gostar muito com o passar dos anos. Ela precisa de alguém que lhe dê segurança e Jack é o homem perfeito. Tem muitas terras e um nome respeitável.– Não acredito nisso! – exclamou Veronica, que ouvia atrás da porta – Não vou me casar com alguém que nem conheço!– O que faz aí? Mas, filha, vocês terão muito tempo para se conhecer depois do casamento!Já era tarde. A moça correu porta afora, furiosa. Só parou quando chegou ao córrego da propriedade dos Strencht. Sentou-se na beira e chorou. Como o próprio pai fez aquilo com ela? Ficou assim, com a cabeça enterrada nos joelhos até que um toque no ombro a sobressaltou. Olhou para cima e viu Edward.– O que houve, Veronica? Está machucada?Ela o pôs a par de tudo o que aconteceu naquela tarde enquanto lavava os olhos vermelhos. O rapaz ouviu atentamente e ficou muito quieto, olhando para o rio. Até que disse:– Você sabia que isso ia acontecer algum dia. Mas eu conheço seu pai. Ele deve ter feito uma boa escolha. Deve ser um homem...– Não é isso que importa. Eu não quero casar. Não quero ter que ficar presa em casa, ter filhos e viver para isso. Será que ninguém entende isso?Edward riu discretamente, murmurando algo como “Não mudou nada por dentro”.Na manhã seguinte, a primeira coisa que Richard viu foi a cama arrumada. Procurou a filha pela casa toda e no jardim. Por fim, foi à casa dos Strencht, pensando que ela poderia ter ido cedo ver a amiga.Chegando lá, percebeu que Edward estava muito nervoso.– Um ladrão de cavalos, pode acreditar? Roubou o Arrow! Cada coisa hoje em dia...– Veronica está aqui? – falou Richard alarmado– Não sei, Richard, eu não a vi. Sophie, a Vicky está aqui? – Vicky? Já está íntimo, não é mesmo? Não, ela não está.– Oh, não... não pode ser... – disse Richard, escondendo o rosto nas mãos.– Richard! Veronica fugiu! Ela me deixou um bilhete dizendo que não sabia o que fazer, que vai voltar quando tiver tomado uma decisão sobre o casamento – Madalena falou, desesperada.– Temos que ir atrás dela! – Edward decidiu.Sophie se deu conta de algo estranho com seu amante.Mais tarde, quando ele se arrumava para a busca, ela o abraçou e perguntou se ele a amava.– Por que está me perguntando isso, Sophie?Ela ficou quieta. Ele a afastou gentilmente e continuou os preparativos.– Porque não sei mais o que está acontecendo. Antes, eu era tudo para você. Agora, você não pensa duas vezes antes de sair por aí atrás da Veronica.– Ela pode estar com problemas! Não entende isso? Não vou arriscar a vida dela por causa...– Por causa de mim, não é? Admita que você está apaixonado por ela!– E se eu estiver? Eu pedi você em casamento e você recusou, disse que não era desse tipo.– Mas eu te amo agora!– Diz que me ama porque tem medo de me perder agora!E saiu do quarto, deixando Sophie pensando que ele tinha razão. Não o amava... não era o homem certo para ela. Ele não tinha ambição, lhe faltava ousadia. Mas como era carinhoso e bonito...– Espere! Espere, Edward!Ele voltou para dentro de casa olhando-a com um ar impaciente.– Procure nas cavernas Abercrombie. Ficam a poucas horas daqui. Ela me disse, há muito tempo, que gostava de ir lá para ficar sozinha.Edward foi para as cavernas enquanto Richard ficou em casa. Ele estava abalado demais. Tanto que Madaleine e Sophie ficaram lá para lhe dar apoio. Estava arrependido: não esperava essa reação da filha.Enquanto isso, uma carruagem parou em frente ao jardim. Era o sr. Hudson, como Sophie pôde constatar ao atender a porta. Ela reparou nos olhos brilhantes. Ele, no decote. A química foi instantânea.Enquanto isso, Edward caminhava rápido, pensando em tudo o que disse à Sophie. Será o fim de tudo, daquele amor? Não, não era amor. Era fascinação: ela foi a primeira que ele viu como mulher e era nela que ele pensava nas noites na prisão. E o que sentia por Veronica?Na casa, Richard conversava com Madaleine:– Eu espero que ela esteja bem. Você acha que eu fiz algo muito errado?– Ela sabe se cuidar, é forte como o pai. Mas não sei o que pensar. Só sei que você queria o bem dela. – disse, com um suspiro – Vou fazer um chá para nos acalmarmos.– Fique...– Só vou até a cozinha...– Não, não é isso que eu quis dizer. Esqueça. Não é hora para isso.Sem entender, Madaleine foi preparar um chá.Veronica chegou às cavernas Abercrombie as 7 horas da manhã. Saiu bem cedo, pois sabia que Edward ia cavalgar às seis. Ela gostava de seguir seus passos sem que ele percebesse. Via o rapaz cortando lenha, se banhando no riacho e, claro, galopando. Ele adorava ir para longe, só ele e seu cavalo, sendo que muitas vezes só voltava ao anoitecer. Ficava pensando por que Edward não levava Sophie com ele.Porém, quando ela entrou na caverna, sua mente se esvaziou. Aquele era o seu lugar preferido. O silêncio, pontuado apenas pelo barulho de água gotejando, lhe parecia mais divino do que as músicas que cantava na igreja.Era hora de pensar. Mas antes, um bom lanche! “Quem disse que cavalgar três horas é fácil?” pensou ela, massageando as nádegas.Edward chegou algumas horas depois na caverna. Não encontrou ninguém na entrada. Olhou para dentro e só viu escuridão.– Mad, eu realmente espero que você tenha razão... fantasmas não existem.E repetiu isso enquanto avançava, cautelosamente, com o lampião à frente. Que lugar assustador! Por que Veronica viria num lugar assim? Tropeçou em alguma coisa e deu um grito. Olhou para baixo e viu algo parecido com uma corrente. Lembrou-se das histórias de foragidos que se escondiam nessas cavernas, de uma emboscada, muita gente morta...Sentiu gelo escorrendo pela espinha quando algo lhe tocou o ombro.Sophie nunca tinha se sentido assim. Aquele homem era tão diferente! Tão mais esperto do que os outros que tinha conhecido... Além disso era um novo rico: estava lucrando com seu vinhedo, o primeiro da Austrália.Ficaram conversando muito tempo na varanda. Sophie evitou falar sobre seu passado: queria começar tudo de novo, queria ser boa o bastante para Jack. Ele pensava no que diria ao McDowell sobre o noivado desmanchado.Na caverna, ouviu-se outro grito.– Calma, Ed! Sou eu!– Veronica! Ah, que bom que é você!– Quem mais poderia ser? – riu, os olhos brilharam.Voltaram juntos. Edward contou a ela como Richard se sentiu mal com tudo aquilo e como ele não a obrigaria mais a se casar. Agora estava tudo bem. Montados no mesmo cavalo, ambos estavam quietos, sentindo a proximidade entre eles aumentar. Até que o homem parou o cavalo, desceu e disse:– Não jogue sua vida fora. Fugi da prisão e por isso nunca poderíamos dizer com certeza “é aqui que vamos viver”. Não daria certo. Você deve procurar por alguém que te dê uma vida estável, filhos e...Veronica, abraçando Edward, sussurrou:– É aqui que eu quero viver.

domingo, 20 de maio de 2007

RomAncE HIStóRicO.......


Meu grupo é formado por: Juliana, Costa, Pedro Yago, Sílvia e a pessoa mais ilustre que é a Luciana Nunes(hehe)

Minha personagem:

Sophie Hammond



Lugar onde se passa a história:


Austrália


Perfil da minha pesonagem:


Sophie era uma menina quando foi rapitada por ciganos e vendida para uma casa de prostituição por ser muito bonita (menina quero dizer aos 14 anos você decide se ela era nova ou não, para mim era). Naquela época, Sophie por ser muito bonita era requisitada pelos mais nobres cidadãos da Inglaterra (que foi sua terra natal) mas com o tempo os homens se cansaram dela pois tinham novas protitutas chegavam cada vez em mais quantidade. Então Sophie não dando mais lucro para seu bordel foi despejada então não tendo mais como viver a não pois isso começou a se prostituir na rua que era proibido (engraçado que nos bordeis não era proibido, vai entender), por isso foi presa e mandada para a Austrália. Na viagem conheceu Madeleine Strecht que fez amizade facilmente ela e o irmão foram presos por roubarem também viviam na Inglaterra agora estão indo a um lugar deconhecido que nenhum deles sabe como é e nem mesmo o que irá acontecer com eles...esperem nossa publicação de nossa história... em BREVE NO BLOG...

Pintura de Tolouse- Lautrec tira do so site http://www.moma.org/images/collection/FullSizes/83513003.jpg

domingo, 25 de março de 2007

MúSiCas...

Achei um site que fala sobre a música do século XIX em que predomina o romantismo:
"Weber, Schubert, Mendelssohn, Schumann, Berlioz e Chopin são românticos. Mas também são românticos um Tchaikovsky e um Grieg, contemporâneos de Tolstoi e Ibsen, assim como Brahms (em seus começos) e Wagner. O romantismo domina toda a música do século XIX. Os traços comuns de todos esses românticos tão diferentes são a maior liberdade de modulação* e o cromatismo** cada vez mais progressivo numa música subjetivista e individualista. Elaboram esquemas programáticos, como Berlioz, subordinando as formas musicais a enredos literários. A música romântica vive de estímulos literários. As grandes diferenças entre o romantismo literário alemão, inglês e francês, devidos ao diferente desenvolvimento social de seus países, por volta de 1800, também se fazem sentir na música. Enquanto alguns artistas, os românticos fantásticos, hostilizam o novo público de "burgueses" e "filisteus", salientando os aspectos burlescos da realidade, outros, ao contrário, bajulam esses mesmo público, dando início ao grande virtuosismo. Há, também, os que se reconciliam amistosamente com o ambiente burguês, fiéis ao classicismo vienense, como é o caso de Schubert e Mendelssohn. Era a época da bonhommie pequeno-burguesa, em que o idílio*** era garantido pela polícia e pela censura, o Biedermeier. Os deuses musicais que a Restauração e o Biedermeier adoravam eram Mozart, Beethoven e Mendelssohn, seguidos por Schubert e Weber. Mas esse culto era o das elites e de um grupo musicalmente bem educado da nova burguesia. A música dominante da época era outra. Em seu último concerto em Viena, em 1824, Beethoven foi obrigado, por seu empresário, a incluir, no intervalo, executada por uma cantora, uma ária de Rossini. Era esta a música dominante da época, a nova ópera italiana, onde os cantores, além de cantar, tinham que emocionar ou divertir o público, com artes de ator. Essa nova importância do elemento teatral é a contribuição italiana à ópera romântica. Gioacchino Antonio Rossini (1792-1868) foi um dos mais importantes compositores de ópera do século XIX. Stendhal comparou-o a Napoleão pois, como este, subjugou a Europa. Foram 15 anos, entre 1816 e 1830, a época da Restauração, de uma febre rossiniana percorrendo o continente. Tornou-se famoso não apenas pelas óperas cômicas, mas também pelos trabalhos sérios sobre assuntos tirados da história ou da literatura. Na Polônia do começo do século XIX havia música pianística que aproveitava ritmos folclóricos: eram as polonesas e mazurcas de Michael Kleophas Oginski (1763-1833), que o jovem Chopin conhecia muito bem. Havia, também, os noturnos do irlandês John Field (1782-1833). No entanto, as origens francesas, do lado paterno, de Chopin, indicaram-lhe o caminho para o ocidente. Frédéric Chopin (1810-1849) saiu de Varsóvia pouco antes da Polônia capitular diante dos russos, em 1830. A Polônia, para a qual não voltou em vida, não passava de uma recordação nostálgica: romantismo moderadamente nacionalista. Em Paris, a sociedade aristocrática e os círculos intelectuais lhe abriram largamente as portas. Polonês de nascimento e de inspiração, tornou-se francês pela cultura e pelo ambiente. É nas polonesas, mazurcas e valsas que sua música é especificamente polonesa, embora nas valsas já se encontre um toque parisiense. Criou um novo estilo pianístico. Tanto os estudos, escritos para resolver determinados problemas pianísticos, comparáveis às obras didáticas de Bach, como os noturnos, pequenas peças poéticas sonhadoras, tiveram precursores e modelos. Mas ele também criou suas próprias formas, como as baladas, os scherzi e os prelúdios. Suas inovações harmônicas influenciaram Liszt, Wagner e Scriabin."Entre 1830 e 1870 a burguesia européia tem uma capital: Paris. Tanto na Monarquia de Julho, como na ditadura de Napoleão III, a arte era apenas um divertimento e ostentação. A ópera era a única espécie de música admitida." tirado do site http://www.geocities.com/Vienna/Strasse/8454/historia5.htm

Vocabulário:
*= Modulação é o processo de variação de altura (amplitude), de intensidade, frequência, do comprimento e/ou da fase de onda numa onda de transporte, que deforma uma das características de um sinal portador (amplitude, fase ou frequência) que varia proporcionalmente ao sinal modulador.
**=Cromatismos são genericamente notas musicais não diatônicas que, em uma música tonal, geram tensão melódica e/ou harmônica, sendo no primeiro caso apenas um ornamento na melodia, e no segundo, uma nota pertencente a acorde(s) de função dominante/subdominante secundários ou auxiliares, ou a acordes de empréstimo modal.
***=Em
literatura, dá-se o nome de idílio a qualquer poema lírico de tema bucólico ou pastoril. O termo é proveniente do grego eidúllion, que significa "pequeno quadro" ou, por derivação, "pequena poesia", por intermédio do latim ídyllìum. Entre os gregos antigos, dava-se o nome de "idílio" a qualquer poema curto, de natureza descritiva, narrativa, dramática, épica ou lírica.

-->o vocabulário foi tirado do site:http://pt.wikipedia.org/wiki/Página_principal é só botar as palavras acima em buscar<--

DanÇaS DO sÉcuLo XIX...

Só para descontrair um pouco eu coloquei algumas observações com relação as danças:

"VALSA: A Valsa, baseada em compassos ternários. Surgiu nas regiões campestres da Alemanha e Áustria, desenvolvendo-se a partir do Minueto e do Laendler (dança popular Austríaca). Foi introduzida na Inglaterra no início do século XIX, e chegou a ser proibida nos salões devido à proximidade entre o casal, mas com o tempo venceu as barreiras do preconceito e passou a ser considerada elegante. Atualmente, se faz presente em ocasiões especiais como casamentos e etc. "
--> eu dancei valsa nos meus 15 anos<--

"POLCA: Dança e música originária da Boêmia (Tchecoslováquia) e bastante popular no século XIX nos salões europeus."

"TANGO: Existe controvérsia a respeito da origem do tango. Uma das versões diz surgiu em meados de 1879 e tem origem africana, pois os negros escravos que vieram para a América trouxeram consigo seus costumes, e entre eles, uma dança denominada Tangano. Na região do Plata a dança se tornou popular entre as pessoas da zona portuária e por volta do final do século XIX, oTangano se desenvolveu e ficou conhecido como o Tango Argentino.Outra versão diz que a origem da palavra é africana e, que significaria algo parecido a quilombo. Os escravos do litoral do Rio de la Plata eram imitados e caçoados em sua forma de dançar pelos imigrantes, gente do campo. À maneira de dançar acrescentaram uma música desconhecida, mistura da habanera, tango andaluz y milonga e por volta de 1880, já apresentava características argentinas; é dançada, nos subúrbios e cabarés do cais de Buenos Aires. Uma outra versão afirma que o tango evoluiu a partir do ritmo do candombe africano (batuque dos negros do rio da Prata.), dos movimentos e passos da Milonga, e da linha melódica daHabanera. No início era "dançado" apenas por homens que "jogavam" tango para disputar uma mulher. A princípio, o tango foi discriminado pelos ricos e era dançado apenas por pessoas das classes mais pobres. Independente da versão, a verdade é que o Tango surgiu no Rio da Prata, entre o Uruguai e a Argentina, no final do século XIX e desde então, vem sofrendo mudanças sucessivas até chegar ao que conhecemos, atualmente, dançado pelo casal abraçado. No tango de salão é o cavalheiro que conduz a dama que o corresponde em harmonia. O tango de salão e não tem movimentos espalhafatosos e seqüências combinadas diferente do tango-show, mais conhecido e apreciado. "

"MILONGA: Canto e dança do tipo da habanera e do tango andaluz, popular nos subúrbios de Montevidéu e Buenos Aires nos fins do séc. XIX, e que veio a ser absorvida pelo tango. Popular das zonas próximas ao estuário do rio da Prata, interpretada com acompanhamento de violão."
-->eu tenho uma vizinha chamada Milonga, que conhecidência<--

"HABANERA: Gênero de música e dança cubana, em compasso binário, que influenciou o Tango, o Maxixe e a música popular de quase todos os países hispano-americanos. Popular no século XIX. "

"MAXIXE: O Maxixe apareceu no Brasil entre 1870 e 1880, é uma dança urbana, de par unido, originária da cidade do Rio de Janeiro, é o resultado da fusão da habanera e da polca com uma adaptação do ritmo africano. Dançado em passos convencionados ou improvisados pelos dançarinos, no início era considerado indecente e profano devido ao enlaçamento atrevido dos pares com movimentos em forma de rosca, giros e requebros de quadris. O maxixe é considerado o precursor do samba."

"BOLERO: Consta que seu nome deriva da palavra espanhola volero (devolar = voar) ou das bolinhas que eram usadas presas nos vestidos das dançarinas ciganas (boleras), que pareciam voar enquanto dançavam. Quanto à dança, sua origem é discutida: uma versão diz que se surgiu na Inglaterra passando pela França e Espanha com nomes variados (dança e contradança); outra versão, diz que veio do fandango - dança espanhola de origem árabe - muito popular, desde o século XVII e que fez sucesso no Brasil entre os séculos XVIII e XIX. Há, ainda, autores que apontam o bailarino espanhol Sebastian Cerezo como seu criador, em 1780, inspirado numa dança típica dos ciganos, fez uma variação baseada nas Seguidillas. O bolero, a princípio, era executado com acompanhamento de castanholas, violão e pandeiro, tal qual o fandango, enquanto o casal dançava sem se tocar, com sensuais movimentos de aproximação e afastamento. Assim como o bolero influenciou o Mambo, Chá-Chá-Chá e Salsa e ele também recebeu influência de outros ritmos como o Tango e apenas no Brasil, ele é dançado da forma como o conhecemos nos dias atuais com figurações, passos de efeito e dos muitos giros. Na maioria dos países latino-americanos ele é dançado de forma simples e lenta, sem muitas variações. Portanto quando você ouvir a expressão “dois pra lá, dois pra cá”, com certeza estarão falando do bolero, pois essa é a base para se dançar esse ritmo que se desenvolveu, principalmente, em Cuba e outros países da América Central, México, República Dominicana, Porto Rico. Na Europa ele é mais conhecido como rumba lenta. O Bolero é uma dança agradável e elegante com música romântica com letras sentimentais e por isso permanece até nossos dias."

"BAIÃO: O Baião dança e música, abrange uma fase antiga que o Nordeste conheceu durante um século e outra moderna, a partir de 1946, que atingiu todo o Brasil projetando-se no exterior. Já em 1842, falava-se no Baiano ou Baião muito em voga no século XIX, com diversas modalidades coreográficas. Era executado entre o povo e nos salões, por ocasião das festas sociais, ao lado do Minueto. Inicialmente bem aceito, mais tarde, foi considerado lascivo, ficando sua prática limitada aos ambientes rústicos e campestres. O Baiano ou Baião caracterizava-se por ser dança viva, com movimentos improvisados, ágeis, com sapateado e castanholas (produzidas com estalar dos dedos), palmas, giros, além de "volteados" e "roda de galo" e, mais raramente, da umbigada. Tanto na dança como na música predominava o caráter de improvisação, de efeito surpreendente inclusive com a presença de desafios baseados nas circunstâncias. Quanto à origem: pode ser um produto mestiço (a transformação do Maracatu africano, das danças selvagens e do lado Português); um novo nome dado ao samba em alguns Estados do Norte; pode ter o Fandango como o mais provável antepassado dado suas afinidades com mais influência européia do que africana ou afro-brasileira, entre outras. O Baião moderno em virtude da coreografia e música tem ritmo marcante e contagioso e é, indiscutivelmente, delicioso de ser dançado."

"XOTE: Dança talvez proveniente da Hungria, em compasso binário ou quaternário, e cujos passos se aproximam dos da polca, surgiu dos salões aristocráticos no final do séc XIX. Conhecido originalmente com o nome schottisch, foi aos poucos se tornando popular passando a ficar conhecido como chótis e finalmente xote. "
-->só me vem na cabeça a música "Xote da Alegria"<--

"QUADRILHAS: Dança de salão, de origem francesa, muito em voga no séc. XIX, e de caráter alegre e movimentado, na qual tomam parte diversos pares. São de natureza rural, da tradição européia do culto ao fogo, anteriores ao cristianismo. A Igreja Cristã adaptou a festa de São João para absorver os cultos agrários pagãos. No Brasil a festa é acompanhada de muita música e dança: a quadrilha (dança das Cortes européias), o baião, o xote entre outros."
-->tem na festa junina do CM a quadrilha do terceiro ano, os guris de gurias e as gurias de guris<--

"COUNTRY: A dança e a música country nasceram em cidades como Nashville e Santa Fé, no sul dos Estados Unidos, no começo do século XIX, quando os imigrantes da Inglaterra que não encontravam trabalho nas colônias do nordeste partiam para o oeste em busca de terra e ouro. Nas paradas para descanso no meio do caminho, todos se reuniam em torno de fogueiras, cantavam e dançavam ao som de violões, banjos, bandolins e rabecas. O ritmo era mais lento do que o atual e havia uma forte influência de ritmos sulistas como o blues e o folk. As pessoas inventavam passos para as músicas, e decoravam pequenas coreografias. No Brasil a dança country ainda é nova. Desde o final da década de 1990 ela vem sendo introduzida nos salões e lentamente vem se incorporando à ginga brasileira."

"CARIMBÓ: Palavra de origem africana refere-se a uma Dança de roda do litoral paraense. É música folclórica da Ilha de Marajó desde o século XIX. "
-->vivendo e aprendendo<--

O texto entre aspas foi tirado do site:http://www.projetoafinidade.com.br/Cultura/Cultura.htm

Comportamento...

Diferentemente de hoje em dia antigamente existia normas de como se comportar em determinada situação. Aqui iremos tratar só do comportamento que as pessoas deveriam ter (no século XIX) durante as festas."Nesta época, a sociedade brasileira reunia uma série de regras de conduta e de comportamento que iam desde a maneira de se receber um convidado numa festa, até o modo de se escrever uma carta. Muitas dessas regras eram passadas por manuais de boas maneiras, que começaram a fazer sucesso entre as moças mais abastadas por se tratar de uma espécie de guia de etiqueta com base no que se fazia na Europa. Com base nos dois manuais que tiveram grande circulação no século XIX como o “Tratado de Civilidade e de Etiqueta”, da Condessa de Gencé e o “Código do Bom Tom”, de J.I. Roquette, conheça as regras de comportamento que eram sinônimos de boa educação naquela época:
COMPORTAMENTO EM FESTAS:
Os preparativos:- O número de convidados deveria ser limitado conforme o espaço disponível. “Não há nada mais desagradável do que os apertões onde falta o ar e onde as senhoras rasgam as toaletes; assim o calor torna-se insuportável e a dança impossível”, diz o Tratado da Condessa de Gencé.- Sempre que possível, devia-se separar o vestiário dos homens do das senhoras. “A fim de que estas mais livremente possam reparar a desordem da toalete e compor o cabelo”, explica o Tratado.
Os deveres dos anfitriões:- Quando apenas um único homem estivesse disponível para conduzir mais de uma senhora, a mais idosa é que deveria oferecer o braço e a mais nova deveria ficar ao lado de outra senhora.- A dona da casa, mesmo que fosse nova, deveria dançar pouco e nunca aceitar uma valsa no começo do baile.- O dono da casa tinha o dever de fazer todos os convidados dançarem e de conduzi-los ao buffet." tirado do site: http://redeglobo.globo.com/Novela/Sinhamoca/0,,AA1251022-5570,00.html ....
Imagine se essas regras de comportamento fossem reativadas, muitas pessoas não iam aderir a isso e não iam gostar, mas se isto fosse aceito teria um ponto positivo que é o respeito para com os outros. Claro que essa não é a melhor maneira das pessoas se respeitarem, mas seria bom se isso(estou falando do respeito, tah?) acontecesse.

Festas do século XIX...

Origem da quadrilha:"Também chamada de quadrilha caipira ou de quadrilha matuta, é muito comum nas festas juninas. Consta de diversas evoluções em pares e é aberta pelo noivo e pela noiva, pois a quadrilha representa o grande baile do casamento que hipoteticamente se realizou. Esse tipo de dança (quadrille) surgiu em Paris no século XVIII, tendo como origem a contredanse française, que por sua vez é uma adaptação da country danse inglesa, segundo os estudos de Maria Amália Giffoni. A quadrilha foi introduzida no Brasil durante a Regência e fez bastante sucesso nos salões brasileiros do século XIX, principalmente no Rio de Janeiro, sede da Corte. Depois desceu as escadarias do palácio e caiu no gosto do povo, que modificou suas evoluções básicas e introduziu outras, alterando inclusive a música. A sanfona, o triângulo e a zabumba são os instrumentos musicais que em geral acompanham a quadrilha. Também são comuns a viola e o violão. Nossos compositores deram um colorido brasileiro à sua música e hoje uma das canções preferidas para dançar a quadrilha é "Festa na roça", de Mario Zan. O marcador, ou "marcante", da quadrilha desempenha papel fundamental, pois é ele que dá a voz de comando em francês não muito correto misturado com o português e dirige as evoluções da dança. Hoje, dança-se a quadrilha apenas nas festas juninas e em comemorações festivas no meio rural, onde apareceram outras danças dela derivadas, como a quadrilha caipira, no estado de São Paulo, o baile sifilítico, na Bahia e em Goiás, a saruê (combina passos da quadrilha com outros de danças nacionais rurais e sua marcação mistura francês e português), no Brasil Central, e a mana-chica (quadrilha sapateada) em Campos, no Rio de Janeiro. A quadrilha é mais comum no Brasil sertanejo e caipira, mas também é dançada em outras regiões de maneira muito própria, caso de Belém do Pará, onde há mistura com outras danças regionais. Ali, há o comando do marcador e durante a evolução da quadrilha dança-se o carimbó, o xote, o siriá e o lundum, sempre com os trajes típicos. No fim do século XIX as damas que dançavam a quadrilha usavam vestidos até os pés, sem muita roda, no estilo blusão, com gola alta, cintura marcada, mangas "presunto" e botinas de salto abotoadas do lado. Os cavalheiros vestiam paletó até o joelho, com três botões, colete, calças estreitas, camisa de colarinho duro, gravata de laço e botinas." tirado do site http://www.festajunina.com.br/2006/29.htm...
Existem várias festas então se eu encontrar mais eu vou botando aqui neste post...então fique ligado!!!!!!

segunda-feira, 19 de março de 2007

CoMeçAnDo....

Bem, falar sobre festas abrange música, dança, comportamento, e as próprias festas que surgiram nesta época. Então tem muito assunto, resolvi começar pelas festas que se desenvolviam na época e que não foram poucas...Uma delas é o carnaval:
  • "Século XIX - Depois da abolição da escravatura, em 1888, os patrões e autoridades da época permitiram que surgissem as primeiras agremiações carnavalescas, formadas por operários urbanos nos antigos bairros comerciais. Supõe-se que as festas dos Reis Magos serviu de inspiração para a animação do carnaval recifense. De acordo com informações de pessoas antigas que participaram desses carnavais, possivelmente o primeiro clube que apareceu foi o dos Caiadores. Sua sede ficava na Rua do Bom Jesus e foi fundador, entre outros, um português de nome Antônio Valente. Na terça-feira de carnaval à tarde o clube comparecia à Matriz de São José, tocando uma linda marcha carnavalesca e os sócios levando nas mãos baldes, latas de tinta, escadinhas e varas com pincéis, subiam os degraus da igreja e caiavam (pintavam), simbolicamente. Outros Clubes existiam no bairro do Recife: Xaxadores, Canequinhas Japonesas, Marujos do Ocidente e Toureiros de Santo Antônio. " tirado do site http://www.fundaj.gov.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=16&pageCode=300&textCode=896&date=currentDate
Eu só falei por enquanto no Brasil, mas no desenrolar do blog vou falando sobre outros lugares também. Só por que falei isso não quer dizer que eu terminei este assunto...continuando...

segunda-feira, 5 de março de 2007

QuE iNdEciSãO...

Bem... Inicialmente queria falar que gostei muito de fazer esse blog (não é puxação de saco!!!), e não foi fácil escolher o assunto. No começo pensei em pesquisar sobre cachorros mas percebi que seria muito dificil relacioná-los com a história pois eles vem nos acompanhando por muito tempo sendo assim não é uma coisa específica. Então resolvi falar sobre outra coisa que eu gosto muito que são festas. Além das festas em si serem muito divertidas vai ser interessante saber exatamente como eram antigamente... Espero que gostem...:)...