domingo, 25 de março de 2007

MúSiCas...

Achei um site que fala sobre a música do século XIX em que predomina o romantismo:
"Weber, Schubert, Mendelssohn, Schumann, Berlioz e Chopin são românticos. Mas também são românticos um Tchaikovsky e um Grieg, contemporâneos de Tolstoi e Ibsen, assim como Brahms (em seus começos) e Wagner. O romantismo domina toda a música do século XIX. Os traços comuns de todos esses românticos tão diferentes são a maior liberdade de modulação* e o cromatismo** cada vez mais progressivo numa música subjetivista e individualista. Elaboram esquemas programáticos, como Berlioz, subordinando as formas musicais a enredos literários. A música romântica vive de estímulos literários. As grandes diferenças entre o romantismo literário alemão, inglês e francês, devidos ao diferente desenvolvimento social de seus países, por volta de 1800, também se fazem sentir na música. Enquanto alguns artistas, os românticos fantásticos, hostilizam o novo público de "burgueses" e "filisteus", salientando os aspectos burlescos da realidade, outros, ao contrário, bajulam esses mesmo público, dando início ao grande virtuosismo. Há, também, os que se reconciliam amistosamente com o ambiente burguês, fiéis ao classicismo vienense, como é o caso de Schubert e Mendelssohn. Era a época da bonhommie pequeno-burguesa, em que o idílio*** era garantido pela polícia e pela censura, o Biedermeier. Os deuses musicais que a Restauração e o Biedermeier adoravam eram Mozart, Beethoven e Mendelssohn, seguidos por Schubert e Weber. Mas esse culto era o das elites e de um grupo musicalmente bem educado da nova burguesia. A música dominante da época era outra. Em seu último concerto em Viena, em 1824, Beethoven foi obrigado, por seu empresário, a incluir, no intervalo, executada por uma cantora, uma ária de Rossini. Era esta a música dominante da época, a nova ópera italiana, onde os cantores, além de cantar, tinham que emocionar ou divertir o público, com artes de ator. Essa nova importância do elemento teatral é a contribuição italiana à ópera romântica. Gioacchino Antonio Rossini (1792-1868) foi um dos mais importantes compositores de ópera do século XIX. Stendhal comparou-o a Napoleão pois, como este, subjugou a Europa. Foram 15 anos, entre 1816 e 1830, a época da Restauração, de uma febre rossiniana percorrendo o continente. Tornou-se famoso não apenas pelas óperas cômicas, mas também pelos trabalhos sérios sobre assuntos tirados da história ou da literatura. Na Polônia do começo do século XIX havia música pianística que aproveitava ritmos folclóricos: eram as polonesas e mazurcas de Michael Kleophas Oginski (1763-1833), que o jovem Chopin conhecia muito bem. Havia, também, os noturnos do irlandês John Field (1782-1833). No entanto, as origens francesas, do lado paterno, de Chopin, indicaram-lhe o caminho para o ocidente. Frédéric Chopin (1810-1849) saiu de Varsóvia pouco antes da Polônia capitular diante dos russos, em 1830. A Polônia, para a qual não voltou em vida, não passava de uma recordação nostálgica: romantismo moderadamente nacionalista. Em Paris, a sociedade aristocrática e os círculos intelectuais lhe abriram largamente as portas. Polonês de nascimento e de inspiração, tornou-se francês pela cultura e pelo ambiente. É nas polonesas, mazurcas e valsas que sua música é especificamente polonesa, embora nas valsas já se encontre um toque parisiense. Criou um novo estilo pianístico. Tanto os estudos, escritos para resolver determinados problemas pianísticos, comparáveis às obras didáticas de Bach, como os noturnos, pequenas peças poéticas sonhadoras, tiveram precursores e modelos. Mas ele também criou suas próprias formas, como as baladas, os scherzi e os prelúdios. Suas inovações harmônicas influenciaram Liszt, Wagner e Scriabin."Entre 1830 e 1870 a burguesia européia tem uma capital: Paris. Tanto na Monarquia de Julho, como na ditadura de Napoleão III, a arte era apenas um divertimento e ostentação. A ópera era a única espécie de música admitida." tirado do site http://www.geocities.com/Vienna/Strasse/8454/historia5.htm

Vocabulário:
*= Modulação é o processo de variação de altura (amplitude), de intensidade, frequência, do comprimento e/ou da fase de onda numa onda de transporte, que deforma uma das características de um sinal portador (amplitude, fase ou frequência) que varia proporcionalmente ao sinal modulador.
**=Cromatismos são genericamente notas musicais não diatônicas que, em uma música tonal, geram tensão melódica e/ou harmônica, sendo no primeiro caso apenas um ornamento na melodia, e no segundo, uma nota pertencente a acorde(s) de função dominante/subdominante secundários ou auxiliares, ou a acordes de empréstimo modal.
***=Em
literatura, dá-se o nome de idílio a qualquer poema lírico de tema bucólico ou pastoril. O termo é proveniente do grego eidúllion, que significa "pequeno quadro" ou, por derivação, "pequena poesia", por intermédio do latim ídyllìum. Entre os gregos antigos, dava-se o nome de "idílio" a qualquer poema curto, de natureza descritiva, narrativa, dramática, épica ou lírica.

-->o vocabulário foi tirado do site:http://pt.wikipedia.org/wiki/Página_principal é só botar as palavras acima em buscar<--

2 comentários:

Lucas disse...

Legal a iniciativa do trabalho e a forma como está sendo desenvolvida aqui no blog. Muitas vezes fica uma lacuna no ensino da História exatamente sobre o cotidiano e "contexto" das pessoas do passado.

Silvana Schuler Pineda disse...

Não precisa avisar não. Estou olhando. beijo e até amanhã